Cidade dos Ossos - Os Instrumentos Mortais - Cassandra Clare - #Resenha



Título nacional: Cidade dos Ossos: Os Instrumentos Mortais

AutorCassandra Clare 

Editora: Galera Record

Idioma: Português

Especificações: Brochura | 459 páginas

Tradução: Rita Sussekind

Avaliação:      

SINOPSE

"Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando Clary decide ir a Nova York se divertir numa discoteca, nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria."
Confesso que o que me chamou atenção nesse livro foi a capa e o nome Instrumentos Mortais, mas sempre achei que não fazia o meu estilo esses livros que envolvem demônios e monstros, porém na Bienal de São Paulo de 2014 o preço estava tão bom que eu não resisti e comprei. Comecei a ler meio receosa mas quando dei por mim estava na metade do livro e não queria largar de jeito nenhum!

Cidade dos Ossos é o primeiro livro da Série Os Instrumentos Mortais de Cassandra Clare e serve como introdução ao mundo dos Caçadores de sombras, os Shadowhunters. O livro conta a história de Clary, uma garota aparente normal que após uma briga com a mãe resolve sair para uma boate chamada Pandemônio em Nova York com o seu melhor amigo Simon, na fila da boate ela se interessa por um menino de cabelo azul e assim que entra na balada trata de procura-lo e o encontra com uma menina muito bonita indo para uma sala cuja a entrada era proibida, ela não ligaria muito para o acontecimento se não fosse a presença de mais dois garotos cujos rostos ela não conseguia ver mas que evidentemente estavam armados e indo em direção a sala em que o menino e a menina entraram. Prevendo o pior Clary vai atrás da dupla e se encontra presenciando um assassinato. Tanto os dois meninos encapuzados quanto a garota bonita não conseguem entender como Clary os enxerga e diante da sua confusão fica óbvio que ela não sabe do mundo sombrio que a envolve, um mundo onde demônios e membros do submundo estão soltos pelas ruas e somente os caçadores de sombras são capazes de devolve-los a sua dimensão.

Clary é uma garota de 15 anos apaixonada por pintura que mora com sua mãe Jocelyn em um pequeno apartamento em Manhattan. No dia seguinte após sua fuga e da bronca de Jocelyn por ela ter ido no Pandemônio, Clary tenta de todos os jeitos esquecer a noite anterior que envolve pessoas que somente ela enxerga, um assassinato e uma história estranha sobre caçadores de sombras, e ela de fato esquece tudo isso quando sua mãe chega com a notícia de que terão que passar o resto do verão em um Sitio, Clary acha tudo isso uma injustiça e para evitar que as coisas entre ela e sua mãe piorem ela resolve sair novamente com Simon, quando retorna encontra sua casa destruída e sua mãe sequestrada pelo homem que os caçadores de sombras mais temem: Valentim.

Após o desaparecimento da mãe, Clary começa a descobrir segredos sobre o seu passado e o passado de sua família, e se empenha em entender melhor sobre si mesma e encontrar um jeito de salvar a sua mãe, descobrindo que está mais envolvida nessa confusão do que gostaria.

A leitura é fácil e rápida, prendendo a sua atenção até o final e te deixando com o gostinho de quero mais. Me surpreendeu do começo ao fim, pois por mais que envolva lobisomens, demônios e vampiros, a escritora conseguiu criar um cenário tão real que você tem a impressão de continuar dentro do livro mesmo depois que o termina.

Livro recomendado para fãs de Utopias e de coisas sobrenaturais como vampiros, lobisomens, demônios e fadas. 

ESCRITA POR:

 NATALIA BATISTA 

Estudante, canceriana, futura cientista da computação, amor por música, leitura e seus derivados.

Reiniciados - Teri Terry - #Resenha

SINOPSE


"As lembranças de Kyla foram apagadas, sua personalidade foi varrida e suas memórias estão perdidas para sempre. Ela foi reiniciada. Kyla pode ter sido uma criminosa e está ganhando uma segunda chance, só que agora ela terá que obedecer as regras. Mas ecos do passado sussurram em sua mente. Alguém está mentindo para ela, e nada é o que parece ser. Em quem Kyla poderá confiar em sua busca pela verdade?"







RESENHA


Reiniciados é uma historia de tirar o fôlego! A Leitura flui de modo natural e rápido. Em vários momentos do livro fiquei nervosa, apreensiva e ansiosa!


Somos apresentados a Kyla, em uma distopia onde criminosos têm suas mentes apagadas e são adotados por uma nova família, tendo assim uma nova chance de seguir com uma vida nova, sem sua antiga personalidade. Mas claro que existe um porém, eles são ligados um nivo - lembra muito um relógio - que não pode ser retirado sem causar a morte. O nivo mede as emoções, para que quando um reiniciado sinta raiva ou depressão sofram um desmaio ou em casos extremos o levem à morte. Em outras palavras: É preciso manter-se sempre dentro dos níveis de felicidade.

Kyla acabou de se tornar uma reiniciada e está sendo adotada por uma nova família. Ela não tem nenhuma referencia sobre sua vida anterior, não há nenhuma memoria. O que mais me surpreendeu no livro foram os fatos cotidianos, aqueles que não damos atenção aos olhos de Kyla. 



"Listras vermelhas cruzam o céu, bolsões de rosa em fiapos de nuvens, como metal retorcido e ondulado, a luz brilhante sobre a grama e as folhas umidas, umas profusão de cores. Laranja, dourado, vermelho e outros matizes de cor. Bonito." (p. 30)


Porém algo atormenta Kyla todas as noites. Ela tem pesadelos muito realistas que fazem seus níveis caírem absurdamente, o que a coloca em constate vigilância. Ao ser inserida novamente na sociedade, Kyla tem que se submeter a algumas reuniões, em sua primeira reunião conhece Ben e a estranha Tori, que como si não tem sua mente controlada. Tori diz o que lhe vem a cabeça no momento, até o dia que ela simplesmente desaparece. 



"Ben e os outros apenas se sentaram juntos e sorridentes como sempre, mesmo sabendo que alguém havia sido machucado deliberadamente. E não era como se não se importassem. Ben veio e me ajudou, não foi? É como se em seus pequenos cérebros de reiniciados e felizes aquilo não fosse o suficiente para criar retaliação. Não sou como eles. Não compreendo" (p. 111) 

Outro fato inquietante para Kyla são os lordeiros. Toda cidade é cheia de lordeiros, homens que usam roupas cinzas ou pretas e tem  ar intimidador.  


"Supervisionando tudo estão varios homens de rosto serio em ternos cinza, de pé atras da grade de segurança. Observando a multidão. Ninguém cruza o olhar com o deles ou os encara, mas, quando todos olham com atenção para toda parte menos para um lugar, fica obvio que é para esse lugar que estão olhando." (p. 83) 

Todos os 
mistérios do livro vão surgindo pouco a pouco, o que te faz ficar totalmente presa ao livro e pensando "Ai meu deus, esse capitulo não pode acabar assim, preciso ler mais!". A narrativa é muito bem escrita, até agora nunca havia lido nada tão bem escrito quando esta distopia. Cada questão abordada por Teri é muito bem trabalhada. Estou maluca pelo segundo livro! Uma coisa posso afirmar, apos o termino de Reiniciados você não sentirá paz. 



ESCRITA POR:

PAULA GRACIELLA

Estudante, futura medica, apaixonada por literatura e filosofia. Não vive sem um bom fone de ouvido e um bom rock. Admi

"Amy e Matthew"

Estou super ansiosa para o lançamento de "Amy e Matthew", que está previsto para Janeiro de 2015. A capa é uma fofura, me lembra muito Eleanor e Park *-*



Amy e Matthew não se conheciam realmente. Não eram amigos. Matthew sabia quem ela era, claro, mas ele também sabia quem eram várias outras pessoas que não eram seus amigos.

Amy tinha uma eterna fachada de felicidade estampada em seu rosto, mesmo tendo uma debilitante deficiência que restringe seus movimentos. Matthew nunca planejou contar a Amy o que pensava, mas depois que a diz para enxergar a realidade e parar de se enganar, ela percebe que é exatamente de alguém assim que precisa.

À medida que passam mais tempo juntos, Amy descobre que Matthew também tem seus problemas e segredos, e decide tentar ajudá-lo da mesma forma que ele a ajudou.

E quando a relação que começou como uma amizade se transforma em outra coisa que nenhum dos dois esperava (ou sabe definir), eles percebem que falam tudo um para o outro… exceto o que mais importa.



ESCRITA POR:

PAULA GRACIELLA

Estudante, futura medica, apaixonada por literatura e filosofia. Não vive sem um bom fone de ouvido e um bom rock. Administradora e resenhista do blog. 

Estranha Perfeição - Abbi Glines - #Resenha

FICHA TÉCNICA

Título nacional: Estranha Perfeição
Título originalTwisted Perfection
Autor: Abbi Glines 
Editora: Arqueiro
Idioma:
 Português
Especificações: Brochura | 208 páginas
Tradução: Cássia Zanon
Avaliação: 
     


SINOPSE

"Della Sloane não é uma garota comum. Ansiando se libertar do seu passado sombrio e traumático, ela planeja uma longa viagem de carro em busca de autoconhecimento e dos prazeres da vida real. Seu plano, no entanto, logo encontra um obstáculo: o automóvel fica sem gasolina em Rosemary, na Flórida, uma cidadezinha praiana. 
Neste cenário, ela conhece o jovem Woods Kerrington, muito disposto a ajudar uma menina bonita em apuros. O que ela não sabe é que Woods é o herdeiro do country club Kerrington e está de casamento marcado com Angelina Greystone, uma união arranjada que culminará na fusão de suas empresas, garantindo o futuro profissional do rapaz. 
Uma noite despretensiosa parece a solução perfeita para Della e Woods fugirem por um tempo de tanta pressão. Do passado que ela gostaria de esquecer. Do futuro de que ele tantas vezes tentou escapar. 
Mas eles não poderiam prever que a atração os levaria a algo mais quando os seus caminhos se reencontrassem. Agora precisam aceitar suas estranhezas para descobrirem a perfeição. 
Se você é fã da série Sem Limites, vai adorar este delicioso romance ambientado no mesmo universo sedutor criado por Abbi Glines."

RESENHA

Confesso que não gosto de livros desse gênero, mas me falaram tanto dele que eu resolvi tentar. Travei muito no começo, simplesmente não é pra mim esses livros eróticos, mas a história de Della me chamou muito a atenção, e foi pra conhece-la melhor que eu dei continuidade ao livro (além da insistência da minha amiga, claro.) 

Della  é uma menina que carrega um trauma consigo, desde pequena sofreu trancada dentro de casa com a sua mãe que não a deixava nem mesmo se aproximar de uma janela. Durante sua vida temeu sair e procurar ajuda, não só pelo o que sua mãe falava sobre o que havia lá fora, mas também com medo de que a levassem embora, e ela não podia permitir que isso acontecesse, sua mãe precisava dela. Mas, quando começou a cansar da "vida" que levava e sua curiosidade chegou ao auge, ela começou a fugir para conhecer um pouco do mundo lá fora, nunca tinha ido longe demais e ao invés de fugir de vez, ela sempre voltava, mesmo sabendo que levaria uma surra de sua mãe quando chegasse. Ela não suportava ficar, mas também não queria ir embora, até o dia em que após uma fuga ela encontrou sua mãe morta, desde então, elá sofre com suas lembranças, com suas broncas e com seus medos. 

Na sua primeira fuga, ela conheceu Braden, a qual achava que ela e sua mãe eram vampiras pois nunca saiam de casa e viviam no escuro, a partir desse momento as duas viraram melhores amigas, apenas Braden sabia da existência de Della e Braden era a unica conexão com o mundo exterior de Della. Quando Braden se casa e vai para a sua lua de mel com Kent, ela entrega nas mãos de Della a chave do seu velho Honda Civic e a manda viajar pelo mundo, descobrir a si mesma, e é exatamente isso que ela faz.

Mais ou menos depois de 5 horas de viagem a gasolina acaba em uma cidadezinha na Flórida chamada Rosemary e adivinhem só? ela não sabe abastecer! (confesso que ri nessa hora), mas surge um homem lindo que se oferece para ajuda-la e é claro, ela aceita. Depois de algumas "investidas" eles resolvem sair pra comer alguma coisa e pronto, acabam passando a noite juntos. Quando acorda ela está sozinha em um hotel e a unica coisa que ela tem certeza é que ela nunca esquecerá Woods, mal sabe ela que ele está pensando a mesma coisa.

Woods Kerrington é um homem cujos pais são donos do Country Club Kerrington, um clube no qual só a elite frequentava, e Woods queria maior participação no negócio, queria se torna Vicie-Presidente do clube, mas seu pai só permitiria isso se ele casassem com Angelina Greystone para aumentar o negócio tanto da familia Kerrigton, quanto da familia Greystone. Mas não era isso que Woods queria, ele não queria pedir Angelina em casamento, ainda mais depois de conhecer Della, que o fez perceber tudo o que perderia se topasse com esse casamento arranjado, ele não amava Angelina, não queria ter que viver toda a sua vida preso a ela, mas não tinha escolha. 

Della seguiu em frente na sua viagem e parou em Dallas para juntar dinheiro para ir para Las Vegas, lá conhece Tripp o barman do bar no qual trabalha e acabam virando amigos. Logo depois de uma experiencia nada boa envolvendo seu chefe, ele a manda para sua casa em Rosemary, para trabalhar em um clube com os seus amigos e esfriar a cabeça para depois voltar para a estrada. Ela esperava encontrar tudo lá, menos Woods, que será seu novo chefe. 

Ambos sentem forte atração um pelo o outro, mas Woods é comprometido e Della está só de passagem, mas eles encontram muita dificuldade de permanecerem separados. Para que o relacionamento desse certo Woods teria que ir contra a vontade de seu pai e contra o seu sonho de tomar o cargo que sempre lhe foi de direito, e Della terá que enfrentar seus próprios medos e estranhezas, assim como Woods terá que aceita-los. 

Não esperava tanto desse livro, simplesmente fiquei chocada com a história incrível que a autora criou. Della é encantadora e dá vontade de você entrar no livro para abraça-lá, enquanto Woods é... Woods, carinhoso, fofo e tudo de bom, também dá vontade de entrar no livro, mas pra roubar pra você e a Della que se vire. 

O livro mescla muito bem romance e sensualidade, ele te prende muito a ponto de você não conseguir largar (Li em 4 horas), além de ser uma historia bem próximo da vida real, tem um final ótimo que a muito tempo não vejo nos livros. Simplesmente amei! e pretendo comprar os outros livros da autora, mesmo não gostando muito do gênero.

Livro recomendado para quem gosta de romance e erotismo. 

ESCRITA POR:

 NATALIA BATISTA 
Estudante, canceriana, futura analista e desenvolvedora de sistemas, amor por leitura e seus derivados. 


O doador de memórias - Lois Lowry - #Resenha

FICHA TÉCNICA

Título nacional: O doador de memórias
Título original: The Giver
Autor: Lois Lowry
Editora: Arqueiro
Idioma:
 Português
Especificações: Brochura | 192 páginas
Tradução: Maria Luiza
Avaliação: 
 


SINOPSE

“Em O Doador de Memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína.

Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente - o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente.
Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.

Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.”

resenha

Não sei ao certo como fazer essa resenha, talvez porque nunca li nada parecido, e nunca me senti completamente imponente diante de um livro como fiquei ao ler O Doador De Memórias.

Jonas, um menino de 12 anos de idade vive em uma comunidade onde há regras e mais regras e nenhum cidadão dali tem a menor vontade de quebra-las (a não ser a de ensinar a algum 8 como andar de bicicleta, o que era bastante divertido), uma comunidade onde as famílias são pré-definidas, não ocorrem acidentes graves (no máximo um joelho ralado) e todos estão plenamente satisfeitos com seus trabalhos e obrigações, que também são pré-definidos pelos Anciãos da comunidade, todos comem e dormem no mesmo horário todos os dias e tomam medicamentos e pílulas sem hesitar, eles são ensinados a serem iguais, são ensinados que ser diferente é não pertencer ao seu próprio lar. 

A comunidade é organizada de um jeito metódico e inteligente, onde cada pessoa realiza um papel essencial para o funcionamento da mesma, papel que é definido pelos Anciãos da comunidade com base em observações realizadas durante a infância da pessoa. Temos vários “cargos” dentro da comunidade que vão dos mais baixos (como por exemplo o de Mãe biológica, que é mal visto por alguns) até ao Recebedor de Memórias, que é o cargo mais importante para a toda comunidade. O recebedor guarda todas memorias que o mundo possui e que nenhum outro cidadão sabe da existência, assim, quando os anciãos se veem de frente de um problema que precisa de medidas fora dos padrões, eles buscam conselhos do Recebedor, que é o único que possui a sabedoria e o conhecimento necessário para esses casos.

A cada ano são realizadas formaturas destinadas as crianças do 1 ao 12, sendo que no 1 cada criança é designada para uma família, e na 12 elas são designadas para cargos dentro da comunidade. Jonas é um 11 e está prestes a se tornar um 12 na próxima formatura, ou seja, ele será designado para um cargo que ele não faz a menor ideia de qual seja. 

Quando chega a hora da formatura dos 12, Jonas se vê ansioso para acabar logo com o mistério, ele pensa nas infinitas possibilidades nas quais ele poderia ser designado, e quando enfim ele é chamado (depois de um leve susto), não é nada aquilo que ele havia imaginado, ele não é escolhido para ser um mero cidadão mas sim para ser o principal e mais importante membro da comunidade. Jonas será o novo recebedor de memórias.

Quando recebe seu novo cargo, a anciã chefe diz a Jonas que ele precisa ser corajoso, pois o seu treinamento envolve dor, e para quem só sofreu com um joelho ralado ou com o dedo preso em uma porta, é algo que vai mais além da compreensão, nem mesmo a própria Anciã consegue explicar. Então, morrendo de medo e de ansiedade Jonas começa seu treinamento e conhece o seu antecessor, chamado apenas de Doador, que agora é responsável por repassar todas as memorias que há dentro dele para Jonas.


"Mas o Recebedor-aprendiz não pode ser observado, não pode ser modificado. Isso está explicito nas regras. Ele deve ficar sozinho, isolado, enquanto é preparado pelo atual Recebedor para a função de maior honra em nossa comunidade."


A partir desse ponto eu não consigo mais explicar para vocês como o livro segue sem contar toda a história. Você entra de cabeça no mundo de Jonas, um mundo sem emoção e sentimentos, e a impressão que passa é que em cada memória que é transmitida para ele, também é diretamente transmitida para você, como por exemplo a de um por- do- sol, das cores, da dança e da guerra, parece que você assim como Jonas vê tudo de um ponto de vista diferente, é tudo novo. Eu tive a sensação de não possuir mais emoções ao ler o livro, pelo menos no começo, até ele próprio começar a senti-las, e quando ele aprende o que é amor, e começa a procura-lo você se dá conta de como temos tudo aqui e não damos valor.

Eu estou atualmente obrigando todos os meus amigos a lerem esse livro e me dizerem se foi só eu que me perdi de tal maneira na história ou se é coisa da minha cabeça, mas minha amiga ainda está no comecinho e ela já diz que não leu nada igual até agora.


Diferente de todos os outros livros que já li, este NÃO É CLICHE, não tem aquele romance bobo nem entre personagens secundários, não há nada, a não ser o mundo deles e você, que é convidado a fazer parte. Não sei se consegui me expressar direito, mas eu suuuuuuuper recomendo esse livro para TODOS, impendente se gosta de ficção ou não, esse livro é obrigatório para todos que mergulham de cabeça em uma história, como eu.

ESCRITA POR:

 NATALIA BATISTA 
Estudante, canceriana, futura analista e desenvolvedora de sistemas, amor por leitura e seus derivados. 



Sua voz dentro de mim - Emma Forrest - #Resenha

FICHA TÉCNICA


Titulo: Sua voz dentro de mim
Autora: Emma Forrest
Editora: Rocco
Gênero: Biografia 
Páginas: 191 páginas.
Nota: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 


SINOPSE

Aos 22 anos, a jornalista, escritora e roteirista Emma Forrest parecia levar uma vida maravilhosa: havia deixado a casa dos pais em Londres, cidade onde foi criada, para morar em Nova York, tinha um contrato com o jornal The Guardian e estava prestes a publicar seu primeiro livro. Mas, por trás da aparência bem-sucedida, havia uma jovem com sérios problemas psiquiátricos, que se cortava com gilete, sofria de bulimia e era extremamente autodestrutiva. Em Sua voz dentro de mim, Emma apresenta suas memórias, sem medo de expor o lado mais escuro que guarda dentro de si. Apesar de toda a dor e do mergulho profundo na depressão e na autodestruição que permeiam o livro, Emma Forrest consegue explorar a beleza do amor e falar de superação ao longo das páginas. De quebra, ela ainda faz refletir sobre a relação que temos com nós mesmos.Em 2013, Sua voz dentro de mim deve chegar às telas do cinema, com a atriz Emma Watson no papel de Emma e o ator Stanley Tucci como o Dr. R.

Resenha
Normalmente eu não gosto tanto de ler biografias, mas o que primeiramente me chamou a atenção para comprar o livro foi o titulo. Sua voz dentro de mim pareceu-me muito intenso, cheio de emoções, e quando comecei a ler descobri que era exatamente essa a proposta do livro. 
O tempo cura todas as feridas. E se não cura, você as chama de outra coisa e concorda em deixar que elas fiquem.

Emma Forrest divide com o leitor os momentos mais difíceis de sua vida, sem nos privar de nada. Toda dor que ela sentiu nos momentos, toda agonia e medo nos é transmitido como possível através de suas palavras. Em algumas paginas ela deixa evidente problemas como distúrbios alimentares, depressão e suas tentativas de suicídio, do começo ao fim do livro é possível perceber o quanto ela conseguiu amadurecer e enfrentou cada problema. 

O livro é dedicado ao seu terapeuta - que é tratado por Dr. R. durante todo enredo. No começo Emma não queria tanto passar por essa terapia, não tinha tanta confiança em Dr. R, mas com o passar de algumas paginas e do tempo, podemos perceber a profunda afeição que ela sente por ele. Dr. R conquistou a sua confiança e carinho, era muito atento aos detalhes e preocupado com a vida da paciente Emma, além de claro ser um homem incrível. 

Em vários momentos de sua vida, Emma passa por dificuldades em seus relacionamentos amorosos. Em alguns pode perceber que ela depositava toda sua esperança em melhorar na pessoa, em outros não entendi ao certo o porque da separação. Emma é muito intensa, muito dependente de seus parceiros em uma relação, ela nunca está completamente feliz. Ao termino de cada relacionamento ela nos demonstra sentimentos mais profundos ainda. 
Existem trinta e um sabores de dor, como uma sorveteria no inferno. Posso me permitir sentir dor em uma separação?
 E tão importante quanto todas esses relacionamentos e afeição por Dr. R, é a relação que Emma estabelece com seus pais. Eles dedicam muito apoio e carinho mesmo morando distante da filha. Muitas vezes me coloquei no lugar dos dois para encontrar a visão sobre como é ter uma filha com tantos problemas como estes e como eles estavam perdidos, mas nunca deixaram de ama-la.

Não poderia deixar de citar o quadro que Emma inicia a narrativa nós falando sobre, e que aparece tantas vezes no livro. Ofélia, de John Everret Millais, em algumas partes não pude deixar de pensar que quando Emma se compara com Ofélia faz a dor tornar-se mais real vista por outros olhos, é como enxergar-se na morte, sem ter morrido. 



Por fim, estou totalmente apaixonada pelo livro. Não conhecia Emma Forrest, mas após ler tantos fatos pelos quais ela passou admiro sua coragem, sua sensibilidade e profundida. Uma escritora incrível que coloca em 191 paginas, toda sua dor, medo, todos os seus demônios sem deixar o texto cansativo e muito menos negativo. 

ESCRITA POR:

PAULA GRACIELLA
Estudante, futura medica, apaixonada por literatura e filosofia. Não vive sem um bom fone de ouvido e um bom rock. Administradora e resenhista do blog.